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sábado, 5 de junho de 2021

Exército retirou apoio a ação contra garimpo no Pará, afirma PF

 


A Polícia Federal confirmou que o Exército retirou o apoio, de última hora, a uma operação para reprimir garimpo ilegal na Terra Indígena Munduruku, no Pará. A confirmação consta em um ofício encaminhado na última semana ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso.

O ministro é o relator da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 709, ajuizada em 2020 pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB). A ação envolve duas situações distintas e relacionadas à pandemia: a adoção de medidas de proteção e promoção da saúde dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato, assim como de medidas voltadas à saúde dos Povos Indígenas.

A informação, que consta em um documento de nove páginas foi enviada pela PF a Barroso na última quarta-feira, 2. O documento afirma que “O Plano previa a participação do Exército Brasileiro (EB), conquanto responsável por prover apoio logístico (alojamento de campanha e alimentação das equipes), bem como proteção da base operacional a ser montada no aeródromo de Jacareacanga (PA)”, afirmou a PF ao ministro Barroso, em ofício subscrito pelo superintendente do órgão no Pará, o delegado Wellington Santiago da Silva.

No documento também consta que “A Força Terrestre ainda disponibilizaria helicópteros tipo Black Hawk, consideradas aeronaves mais adequadas para transporte de tropas e com maior autonomia para acessar áreas de interesse identificadas nos levantamentos preliminares. Dois dias antes do início das atividades, sobreveio notícia da não participação do Exército Brasileiro, sob o argumento da falta de recursos para suprir os custos operacionais, circunstância que provocou realinhamento dos meios para execução das ações” afirma.

No entanto, o superintendente, minimizou o cancelamento do apoio do Exército ao dizer que “a nova organização dos meios de execução afastou eventual prejuízo, de sorte a viabilizar o alcance de todos objetivos propostos, inclusive a proteção da área da base operacional, considerando a perspectiva de insurgências, o que de fato aconteceu” explica.

 

Com informações do Metrópoles

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