O Instituto Butantan anunciou nesta quarta-feira,7, que suspendeu o envase de doses do imunizante contra a covid-19 a CoronaVac, após atraso na chegada de matéria-prima utilizada para a produção da vacina oriunda ad China.
Segundo o diretor do instituto, Dimas Covas, não há anormalidade nesse processo de entrega da CoronaVac e afirmou que o que aconteceu foi um atraso no despacho de um lote dos insumos da vacina produzida na China. Ainda segundo Dimas, o carregamento previsto para chegar nesta quinta-feira, 8, deverá chegar na próxima semana.
Ainda de acordo com o diretor do Butantan, o cronograma de entregas de vacinas para o Ministério da Saúde segue o mesmo.
Dimas afirmou que o instituto negocia com o governo chinês o recebimento de novas remessas e toda a matéria-prima da vacina recebida da China já foi envasada. Agora, esperam por mais insumos.
"A matéria-prima está pronta para o embarque na China, houve um problema burocrático. Não há anormalidade. Não há retenção de vacina da China. Não há nenhum ruído de comunicação entre o Brasil e a China nem entre o Butantan e a Sinovac", afirmou Dimas Covas.
Em nota, o Butantan informou que "todas as doses provenientes do IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) recebido da China já foram envasadas. Neste momento, cerca de 2,5 milhões de vacinas encontram-se em processo de inspeção de controle de qualidade - parte integrante do processo produtivo - para serem entregues na semana que vem ao Programa Nacional de Imunizações. Desde janeiro o Butantan já entregou 38,2 milhões de doses da vacina ao país".
Ainda de acordo com o documento, "com uma nova remessa de IFA, prevista para a próxima semana, será possível integralizar todas as 46 milhões de doses referentes ao primeiro contrato com o Ministério da Saúde até o dia 30 de abril".
No mês de março, segundo Dimas informou, houve um adiantamento da entrega e, com isso, não será possível fazer o mesmo para a entrega de abril. "Não vamos conseguir neste momento fazer o adiantamento, porque precisaria de mais IFA. Só vamos conseguir a partir de maio".
Dimas informou que o processo de suspenso foi suspenso há dez dias, e o processo completo até a liberação das doses para o Ministério da Saúde dura cerca de 20 dias. Conforme o diretor, existem cerca de 2,5 milhões de doses na fase de liberação para os próximos dias. Cuja previsão de entrega para abril é de cerca de 7,5 milhões de doses, o que excede em cerca de 5 milhões a quantidade de doses em processo de liberação.
Aumento na China
Na segunda-feira, 5, Dimas havia reconhecido que devido a aceleração da vacinação na China, pode ter influenciado no fornecimento de matéria-prima de imunizantes contra o coronavírus para o Brasil.
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