Renato é apontado como o mentor de um grupo empresarial que trabalhava com o esquema conhecido como "pirâmide financeira", e prometia lucros elevados a investidores. Somente em Belém, cerca de 500 pessoas foram prejudicadas com o golpe, que movimentou mais de R$ 60 milhões na capital paraense
A prisão do estelionatário que chefiava o esquema ocorreu na cidade de Indaiatuba, município que fica a 102 quilômetros da capital, São Paulo. Os agentes da Polícia Civil do Pará, com apoio da polícia paulista, chegaram à residência do acusado no início da manhã. Além da prisão, foram apreendidos celulares, aparelhos eletrônicos e documentos, que serão periciados e farão parte do inquérito instaurado.
De acordo com a investigação realizada pela Diretoria Estadual de Combate à Corrupção (DECOR), uma associação criminosa criou o grupo empresarial "Wolf Invest", com sede no estado de São Paulo. Após a formalização, o homem preso hoje criou um esquema “piramidal” caracterizado pelo contínuo recrutamento de investidores, utilizando-se dos recursos financeiros trazidos por clientes para remunerar os membros das camadas inferiores da “pirâmide”; trazendo à baila diversos episódios de fraudes, como crimes de estelionato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e associação Criminosa. "Muitos clientes foram atraídos pela oferta de lucros elevados em pouco tempo. A empresa Wolf Invest, garante um investimento com rendimento de até 10% ao mês… Ninguém nunca recebeu a escritura ou a quantia de volta", disse o Diretor da Decor, Delegado Almir Alves.
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Além de oferecer lucros exorbitantes, a Wolf Invest oferecia serviços de gestão em operações e investimentos, oriundas de valores mobiliários, mercado de câmbio e demais atividades financeiras do mercado internacional regidos pela lei do investidor anjo, e garantem um rendimento proporcional ao valor investido, através de operações no Day Trade voltado para o mercado Forex, conforme estabelecido nos contratos de participação da Empresa.
Segundo o Delegado-Geral da Polícia Civil, Walter Resende, além da prisão, à Polícia Civil já representou, junto à justiça, o bloqueio de bens que pertencem a associação criminosa: "No total, o bloqueio deve chegar a R$ 43 milhões de reais, que pertenciam às vítimas lesadas. Nossa expectativa é que esse montante seja devolvido aos investidores. Esse é mais um duro golpe que a Polícia Civil do Pará dá no crime organizado. Esse é um compromisso do Governo do Estado, por meio dos órgãos de segurança Pública", disse Resende.
Renato Olavo Martins Guimarães foi preso e foi levado para à sede da Polícia Civil em São Paulo. Após os procedimentos cabíveis, ficará à disposição da justiça do Pará.
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