Apesar de o documento não deixar explícito o nome de qualquer autoridade, os governadores que o assinaram têm adotado postura crítica quanto as atitudes do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Isso, porque o chefe de Estado tem tido como grandes alvos de suas declarações as várias esferas do Poder Público, incluindo a Corte.
Entre os políticos que assinaram a nota pública, estão o do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB); da Bahia, Rui Costa (PT); do Maranhão, Flávio Dino (PSB); de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB); de São Paulo, João Doria (PSDB); do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB); do Ceará, Camilo Santana (PT); da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania); do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB); do Piauí, Wellington Dias (PT); do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT); de Alagoas, Renan Filho (MDB); de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD); e do Amapá, Waldez Goés (PDT).
Através de suas redes sociais, no último sábado, 14, o presidente da República chegou a dizer que encaminhará ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), um pedido de abertura de processo contra os ministros do STF Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.
Demais políticos não reagiram de maneira positiva às ameaças de Bolsoanaro contra o STF. O ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (sem partido), por exemplo, chegou a comparar Bolsonaro com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez.
Confira a publicação de Rodrigo Maia, em resposta a Bolsonaro, no twitter:
A declaração de Jair Bolsonaro foi realizada apenas um dia após o ministro Alexandre de Moraes determinar que o ex-deputado e dirigente nacional do PTB, Roberto Jefferson, fosse preso por suposta participação em organização criminosa digital que ataca a democracia.
Repercussão no público
O tom agressivo contra o STF também está em alta nos apoiadores de Jair Bolsonaro. Nesse fim de semana, o cantor Sérgio Reis afirmou ter a intenção de entregar ao Senado, no dia 8 de setembro, uma intimação em prol da instituição do voto impresso e da destituição dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), em um prazo de 72 horas após a entrega do documento. Ele ainda ameaçou invadir o STF caso os ministros não sejam destituídos.
Uma manifestação na capital do país também está sendo organizada por Sério Reis, para ocorrer nos três dias que antecedem a comemoração a independência do país, no dia 7 de setembro.
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