De acordo com o depoimento do adolescente, a decisão de cometer o crime foi devido a pressão crescente da família por notas boas e a proibição de usar o celular para jogar e para conversar com os amigos, para a dedicação maior aos estudos.
O acusado foi apreendido pouco depois do crime e levado para a Delegacia de Homicídios do município e seu depoimento foi prestado na presença de uma advogada e de uma parente. O delegado responsável pelo caso diz que já é possível fazer uma reconstituição dos fatos.
Momento do crime
O delegado menciona que o pai do garoto, policial militar reformado, foi à farmácia comprar um remédio para a esposa e, pouco antes de sair de casa, retirou o celular dele, ato que no depoimento o adolescente diz que foi “a gota d’água” para decidir cometer o crime.
Assim que o pai retornou da farmácia, já encontrou a esposa morta e também encontrou o filho com a arma na mão. Ao pedir que ele soltasse o revólver, o menino atirou no pai e o atingiu no tórax.
Com o barulho dos tiros, o irmão do suspeito, de sete anos, correu para abraçar o pai, mas acabou sendo baleado pelas costas pelo irmão e morrendo no local.
Segundo o delegado, após efetuar os tiros, o suspeito guardou a arma do pai e ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O pai foi levado para o hospital e está internado em estado grave.
No início, ele negou o crime e a própria polícia achava, a princípio, que ele era vítima, sendo sobrevivente de uma chacina. Porém, as investigações mostraram que ele era um suspeito e ao ser interrogado ele confessou o crime.
A criança está na carceragem da Polícia Civil de Patos aguardando audiência de apresentação. Segundo o delegado, é provável que ela seja internada provisoriamente em medida provisória contra menor infrator. Após a apreciação judicial, ele deve ser ser enviado para o Centro Especializado de Reabilitação.
O velório da mãe e do irmão vão acontecer numa igreja próxima da casa onde a família morava.
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