Usualmente um personagem contidoe econômico em declarações polêmicas, Messi foi duro após o jogo de terça-feira ao reclamar das decisões da arbitragem que, na visão dos argentinos, favoreceram o Brasil na semifinal da Copa América. A postura do astro era o sintoma de que o caso ganharia contorno de crise institucional. Algo que se confirmou no fim da tarde de ontem, quando a Associação de Futebol Argentino (AFA) enviou um protesto oficial à Conmebol. A queixa é contra o árbitro equatoriano Roddy Zambrano e, mais especificamente, contra a falta de consulta ao monitor de vídeo em dois lances em que os argentinos consideraram ter havido pênalti no Mineirão.
O documento é assinado por Claudio Tapia, presidente da AFA, e é endereçado ao presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez. Nele, o dirigente argentino diz ter se colocado à disposição de Dominguez para colaborar no combate “à crise de credibilidade” dos dirigentes do continente. E afirma que a utilização “arbitrária e zelosa” do VAR durante a Copa América não se repetiu na semifinal de terça-feira. Mais adiante, Tapia diz que “os acontecimentos merecem uma profunda reflexão que coloca em dúvida que tenham sido observados os princípios de ética, lealdade e transparência que o senhor recorrentemente invoca”.
A Argentina reclama de um pênalti de Daniel Alves em Aguero, num lance que originou a jogada do segundo gol do Brasil. E protesta, ainda, contra uma cotovelada que o volante Arthur teria acertado em Otamendi. Nos dois lances, o monitor de vídeo não foi consultado por Zambrano.
Para saber que indicações o árbitro de campo recebeu do assistente de vídeo, os argentinos pedem que sejam revelados os áudios das conversas entre campo e sala de VAR sejam revelados.
Espero que a Conmebol faça algo, mas creio que não fará. O Brasil controla tudo — disparou Messi.
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