O deputado federal Marco Feliciano foi expulso do Podemos nesta sexta-feira, 06, após uma decisão da Executiva Nacional do partido. A reunião que confirmou o destino do parlamentar ocorreu na capital paulista, pela manhã.
A assessoria da legenda informou que a punição foi justificada pela "incompatibilidade política", já que Feliciano se manifestou por "apoio irrestrito" ao presidente da República, Jair Bolsonaro. O Podemos se diz independente do governo.
Em nota oficial no dia 9 de dezembro, a direção da sigla informou que o "caso foi avocado pela Comissão Executiva Nacional, na forma do artigo 65 do estatuto partidário". Ainda de acordo com a legenda, o diretório de São Paulo não tinha competência para tomar essa decisão.
Segundo o colunista Lauro Jardim, o deputado torce pelo sucesso do projeto Aliança pelo Brasil para ingressar no futuro partido de Bolsonaro. Com a expulsão, Feliciano não perde o mandato e pode migrar de sigla.
Dirigentes do Podemos entenderam que Feliciano já se ofereceu publicamente para ser vice do atual presidente da República para uma chapa em 2022. O pastor já declarou que Bolsonaro "terá um vice evangélico". As falas incomodaram Alvaro Dias (Podemos-PR), principal nome da legenda para a disputa ao Planalto, e também o presidente do diretório de São Paulo, Mario Covas Neto.
'Motivo de orgulho'
Vice-Líder do governo no Congresso, Feliciano divulgou nota afirmando que foi expulso por infidelidade partidária, por fazer campanha para Bolsonaro em 2018. "Qualquer outro motivo é fake news. Basta ler o ato de expulsão", escreveu o deputado.
"A Executiva Nacional do Podemos me procurou e externaram que não queriam minha saída. Inclusive o presidente estadual do Podemos, vereador Covas Neto, foi repreendido pela Executiva Nacional e pediu afastamento da presidência. Em resposta, disse que não havia mais clima para minha presença no partido, sendo todo dia atacado ora por Alvaro Dias, ora por Covas Neto", acrescentou Feliciano.
Segundo o deputado, Covas Neto e Dias "só pensam em seus projetos pessoais e eleitoreiros, em detrimento dos interesses do Brasil e de São Paulo". Ele disse ainda que o primeiro transformou o Podemos de São Paulo em "um puxadinho do PSDB à serviço da candidatura do sobrinho", o tucano Bruno Covas, prefeito da capital paulista.
"Já Alvaro Dias (que saiu anão da eleição presidencial com menos de 1% dos votos), age como o PT e aposta no quanto pior melhor. Ao invés de ajudar um governo que não tem escândalo de corrupção e está tirando o Brasil do atoleiro, só pensa em ser presidente da República. Por fim, reafirmo aqui que para mim é motivo de orgulho ser expulso do Podemos por defender o presidente Bolsonaro, que está mudando o Brasil para melhor", concluiu Feliciano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário