Como parte das investigações
sobre a participação de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro em
manifestações, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal, autorizou uma quebra de sigilo telefônico e de dados que dá
amplos poderes aos investigadores da Polícia Federal que atuam sob seu comando e pode alcançar dimensões monumentais.
A ordem foi expedida no último dia 12 de dezembro e mira um número limitado de bolsonaristas – oito, ao todo. Só que, no despacho, o ministro autoriza que também sejam quebrados os sigilos de todas as pessoas que mantiveram contato com esses investigados, o que amplia indefinidamente o número de alvos e, como o leitor verá a seguir, tende a levar para debaixo da lupa de Moraes ligações, mensagens e outros segredos.
Além do sigilo telefônico, está abarcada na decisão a quebra de dados telemáticos dos aparelhos celulares. Informações armazenadas em servidores de e-mail e de aplicativos de mensagens, por exemplo, poderão ser acessadas.
A medida atingirá o núcleo do grupo político que acaba de deixar o poder, com chances de incluir o próprio Bolsonaro, onde o direito de privacidade passa a ser quebrada que acaba se tornando perigoso em um país, que tenta se recuperar de uma divisão causada pela eleição.
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