Preocupado com a eleição no Senado, a equipe do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva chamou senadores para conversar e garantir a vitória do
atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Segundo
assessores do petista, Pacheco é o favorito, mas há risco de traições– o
que faria sua votação potencial para cair para abaixo de 50 votos e até
mesmo garantir a vitória de Marinho.
No cenário otimista traçado
pelo Palácio do Planalto e aliados de Pacheco, ele tem condições de
obter o apoio de 55 senadores na eleição da Casa agendada para esta
quarta-feira (1º).
Por outro lado, aliados de Marinho dizem que o candidato
do PL já possui 43 votos, o que garantiria a vitória do Senador aliado
de Bolsonaro para presidir o congresso nacional.
Nos últimos dias,
porém, senadores até do PSD, partido de Rodrigo Pacheco, e de outras
legendas da base de Lula, como União Brasil, estão registrando mudanças
de votos para o candidato da oposição, Rogério Marinho (PL-RN).
Nesta
segunda-feira (30), articuladores políticos do presidente Lula entraram
em contato com senadores destes dois partidos para pedir o voto em
Rodrigo Pacheco.
Para Lula, ter um bolsonarista no comando do Senado – seria uma grande derrota.
Na
avaliação de interlocutores de Lula, os senadores que estão ameaçando
trair Rodrigo Pacheco estão em busca de negociações com o governo
petista por espaço em cargos federais.
O resultado da eleição vai
definir, na prática, o tamanho da oposição a Lula no Senado. Uma vitória
de Marinho seria a indicação de que o Senado, antes contrário a
Bolsonaro, estaria mudando de lado agora a partir de 2023.
Ainda tem outra prerrogativa que pode contar contra Pacheco, onde a votação é secreta daí a possível traição.
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