“A primeira vítima passou pelo exame pericial, foi identificada pelas equipes de papiloscopia e já foi contatada a família”, disse o diretor-geral da Polícia Científica, Rodrigo Grochocki.
De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Manoel Vasco de Figueiredo Junior, o possível número de desaparecidos foi estimado levando em conta quantos ocupantes poderiam estar nos veículos arrastados pela lama e que ainda não foram encontrados.
“Retiramos três veículos menores e uma carreta dos escombros, mas ainda temos dez carros e seis carretas soterrados. Se fizermos a conta de duas pessoas por veículo, vamos chegar ao número em torno de 30”, disse o coronel.
Pelo menos 15 carros de passeio e seis caminhões foram atingidos no deslizamento.
Segundo o governo do Paraná, até o momento 19 pessoas entraram em contato com a Central de Atendimento da Polícia Científica — no telefone (41) 3361-7242 — para passar a informações e buscar sobreviventes. Também é possível contatar o Centro de Operações Cidade da Polícia, no telefone 0800-282-8082.
Chuva dificulta buscas
Apesar do esforço das autoridades para identificar possíveis vítimas, o trabalho de resgate na BR-376 é dificultado pelas condições meteorológicas da região, que continua sendo atingida por uma forte chuva.
“Está totalmente instável, (tem o risco) não só de desmoronamento — ou deslocamento de massa, como a gente fala — como também do rompimento da pista. Essa terra tem um peso muito grande sobre essa pista, que está em uma região suspensa, então é um cenário muito complexo para se trabalhar”, declarou ontem, à emissora RPC, o Cel. Fernando Schunig, coordenador estadual da Defesa Civil do estado.
A concessionária Arteris, responsável pela gestão da rodovia, declarou que está tentando abrir uma passagem de serviço na BR-376, para facilitar a passagem de ambulâncias, guindastes e viaturas, mas o mau tempo também prejudica a operação.
“(A situação) tem que ser tratada com cuidado, o monitoramento da encosta tem que ser feito permanentemente e à medida que for possível nós vamos avançando na limpeza das áreas e no reconhecimento das áreas que foram afetadas”, afirmou Renato Lima, geólogo do Cenacid (Centro de Apoio Científico em Desastres) da UFPR (Universidade Federal do Paraná).
*Com informações do Estadão Conteúdo
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