A variante Ômicron trouxe uma nova dinâmica para a pandemia mundial provocada pelo coronavírus. Pegar a doença pela segunda vez se tornou mais comum, mesmo para quem já estava vacinado.
Uma questão importante para a comunidade científica passou a ser entender como as sucessivas infecções impactam o organismo e a imunidade ao vírus.
Em artigo publicado no site The Conversation, o professor Paul Hunter, que dá aulas de medicina na Universidade de East Anglia, explica que estudos iniciais sugerem que o risco de reinfecção aumentou após a chegada da variante Ômicron.
Há duas razões para isso, explica Hunter: as mutações fizeram com que o vírus escapasse da imunidade prévia adquirida ou a proteção dos recuperados da infecção foi diminuindo com o tempo.
Para Hunter, é quase certo que pegar a doença pela segunda vez aumenta a imunidade contra o vírus. “Contra a infecção pela Ômicron, uma única infecção anterior oferece proteção semelhante a duas doses de vacina. Portanto, é razoável supor que as reinfecções também vão aumentar a imunidade”, explicou no texto.
O infectologista César Carranza, do Hospital Anchieta de Brasília, também aposta que a reinfecção aumenta a imunidade, mas, segundo ele, ainda não se sabe o quanto.
O médico afirma que ter contato com o vírus antes de receber a imunização resultará em uma defesa ainda mais potente quando a vacina for aplicada. Mas, ao contrário não se verifica: quem pega a covid depois da vacina não está com a imunidade potencializada.
O especialista lembra que o sistema imunológico é bastante complexo e sua atuação varia muito entre as pessoas. Além de hábitos de vida, como a alimentação e a prática de exercícios físicos, contam o histórico de saúde do paciente, como as comorbidades existentes e os micro-organimos aos quais já foi exposto.
Com informações do Metrópoles
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