O trio foi apreendido e apresentado na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil e, de acordo com o sargento Jordeilton Santos, confessaram o crime, porém, negaram que tenham abusado sexualmente da vítima, conforme suspeita-se.
De acordo com a polícia, Júlio Henrique teria saído da creche na quarta-feira, 16, e não retornado para casa. No mesmo dia, moradores da comunidade se reuniram nas buscas pela criança, com apoio de policiais militares. "Ficamos até 3h da manhã (desta quinta) e não tinha sido encontrado nem indício do que tinha ocorrido. A gente encerrou as buscas para recomeçar assim que amanhecesse. De manhã chegou a notícia de que encontraram o corpo", relata o policial.
O cadáver do garoto foi encontrado em uma represa. Assim que os policiais chegaram ao local, a mãe da vítima havia retirado o corpo de Júlio da água e estava com ele nos braços. À polícia, uma testemunha contou que viu uma das crianças apreendidas nas redondezas e indicou aos agentes quem era.
"A gente foi até essa criança, fez algumas perguntas e ela apontou os outros dois. Eles contaram em detalhes como aconteceu. Contaram que um tinha batido, o outro tinha tirado a roupa e o terceiro empurrou dentro da represa. A criança está cheia de hematomas, ela foi espancada. Também dá pra perceber pedaços de fio e eles confirmaram que usaram fio pra espancar", afirma o sargento Jordeilton.
Com relação a suspeita de abuso sexual, o policial contou que um dos menores apreendidos foi denunciado, há algum tempo, por uma situação semelhante envolvendo uma outra criança. Mas, sobre o caso do menino Júlio Henrique, os três negaram que tenha ocorrido o estupro contra a crinaça. "Como a mãe tirou o corpo da represa, o IML não foi fazer perícia do local e a funerária está vindo com ele. Os três negam que aconteceu isso, mas a criança estava sem roupa", diz o militar.
Sobre o que teria motivado o crime, preliminarmente, os três envolvidos afirmaram que tudo teria sido uma brincadeira envolvendo jogo de peteca. "Pela primeira vez, sou policial há treze anos, vi uma situação assim. Quando a gente soube do motivo ficou estarrecida que uma simples brincadeira tenha resultado na morte de uma criança de cinco anos", finalizou o sargento.
RESPONSÁVEIS
A mãe de dois dos menores apreendidos, um de 12 e outro de 9 anos, e o pai do terceiro, de 11 anos, acompanham a apresentação dos filhos na delegacia.
Segundo a mãe, os filhos moram na casa do avô. Ela informou que acompanhou da porta de casa a movimentação da busca por Júlio no dia anterior. Com relação a acusação contra os filhos, ela afirma que ainda não teve a oportunidade de conversar com os meninos. "Uma hora diz que não foi ele, na hora o outro diz que foi. Eu não tô entendendo, estou sentindo aperto por dentro, a pessoa fica agoniada, é doído. É a primeira vez que acontece uma coisa dessas", afirma a mulher que garantiu que não conhecia a vítima.
Já o pai do menino de 11 anos conta que não tem ideia do que teria ocorrido e afirma que o filho sempre foi um menino bom. "Não cheguei a conversar com ele ainda, sei que me trouxeram pra cá e por enquanto não conversei nada, não tô sabendo de nada. Do que eu conheço meu filho e na minha família nunca teve nada desse tipo".
Com informações do Correio de Carajás
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