Parsifal Pontes, que até esta quarta-feira, 30, respondia pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, foi exonerado do cargo. Parsifal foi um dos servidores estaduais presos pela PF (Polícia Federal) na operação S.O.S. deflagrada na última terça-feira, 29.
A exoneração de Parsifal, ex-Chefe da Casa Civil, também no governo Helder Barbalho (MDB), ex-deputado estadual e ex-prefeito de Tucuruí, foi publicada na edição de hoje, 1°, do Diário Oficial do Estado (DOE). Ele é apontado pela Polícia Federal como um dos principais responsáveis por estruturar e operacionalizar, dentro do governo, suposto esquema de fraudes em licitações, ‘sob a provável anuência e comando’ de Helder Barbalho. A corporação aponta que Parsifal pode ter tentado atrapalhar as investigações de outra operação realizada em junho e destaca o resultado de uma ordem de busca cumprida contra o secretário – a apreensão de uma máquina de contar cédulas na casa de Parsifal com ‘montante considerável de dinheiro em espécie’.
A PF também investiga a relação do secretário com Nicolas Andre Tsontaki Morais, o suposto ‘elo entre médicos e empresários de São Paulo com a alta cúpula do Governo do Pará’. Segundo os investigadores, há ‘fortes indícios’ de que Nicolas intermediou a ida de organizações para o Pará, ‘a fim de implementar o esquema criminoso de desvio de recursos públicos através de contratos de gestão na área da Saúde’.
Na decisão em que determinou a abertura da S.O.S. com o cumprimento de 12 mandados de prisão e 41 de busca e apreensão, o ministro Francisco Falcão, do STJ registrou: “Os elementos de prova expostos demonstram a forte e antiga relação existente, inclusive financeira e patrimonial, entre Parsifal e Nicolas Morais, indicando que o Secretario seria o responsável pela aproximação da organização criminosa com o governo do Estado do Pará”.
Parsifal permanece preso no Centro de Recuperação Coronel Anastácio das Neves.
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