O governador Wilson Lima recuou do reajuste de mais de 250% a um pequeno grupo de servidores. Recuou diante da pressão da opinião pública e da pronta ação dos órgãos de controle. O “mimo” concedido aos servidores desconstruiu o discurso da “crise financeira”, que justificava uma certa paralisia da administração, e expôs as entranhas de um governo que precisa dar-se conta que não pode agir nas sombras.
O recuo restabelece limites que a lei já impunha ao governo, mas não apaga o crescente sentimento de que o amazonense foi vitima de um estelionato eleitoral.
VISIBILIDADE DO GOVERNADORWilson Lima precisa entender a dinâmica de um governo e suas armadilhas. Entender que agora não é mais um pequeno grupo de telespectadores que o vê na telinha de uma emissora secundária, mas todo um Estado, que avalia seus atos. Mais do que nunca está visível.
O que não existe mais é sua capacidade de sedução que contagiou o eleitorado em 2018. O Wilson de agora é seduzido - pelo bajulação, pelos falsos amigos, pelas benesses que o poder oferece.
O BARCO DE WILSON LIMAWilson Lima, se quiser deixar uma biografia que orgulhe seus filhos, tem que mudar. E mais que isso - tem que governar - longe de grupos de interesse e da influência autoritária de quem quer mandar mais do que ele.A aposta ainda é que o governador vai acordar e assumir esse barco no qual estão todos os amazonenses.
Nenhum comentário:
Postar um comentário