A Justiça espanhola concedeu a liberdade provisória ao ex-lateral na quarta-feira (20/3), porém, estabeleceu uma série de condições e medidas cautelares. O pagamento da fiança de 1 milhão de euros foi a principal delas.
Além disso, Daniel Alves teve ambos os seus passaportes, espanhol e brasileiro, confiscados e está impedido de deixar o território europeu. Também foi ordenado que ele não mantenha qualquer contato com a vítima e compareça semanalmente ao Tribunal de Barcelona.
De acordo com o jornal catalão El Periodico, fontes próximas ao ex-jogador revelaram que a defesa não esperava um valor tão elevado para a fiança. Por essa razão, enfrentou dificuldades para angariar os fundos necessários, recorrendo a familiares e amigos. Entre eles, o pai de Neymar, que negou uma segunda ajuda. A família de Neymar já havia contribuído anteriormente com a defesa de Daniel Alves, ao pagar uma multa de cerca de 150 mil euros (R$ 800 mil) como compensação à vítima, o que resultou em uma redução da pena. Inicialmente, Daniel Alves havia sido condenado a quatro anos e meio de prisão, entretanto, tanto a promotoria quanto os advogados da vítima exigiam uma pena de 12 anos de detenção.
O Ministério Público espanhol e a defesa da vítima foram veementemente contrários à liberação mediante fiança, argumentando que havia um alto risco de fuga por parte do brasileiro, dada sua considerável capacidade financeira. Segundo a advogada representante da jovem agredida por Daniel Alves, esta se sentiu profundamente perturbada com a decisão, chegando a declarar que se sentia “violada novamente”.
Apesar disso, o tribunal alegou que a sentença de 4 anos e 6 meses de prisão reduziu o risco de fuga. No entanto, reconheceu a persistência de certo perigo, optando por uma fiança elevada e proibindo o brasileiro de sair da Espanha.
Com informações de Metrópoles
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