O vídeo com as cenas, gravadas na tarde de hoje, foi registrado por pessoas que estavam no local e postado nas redes sociais.
Nas imagens, é possível ver Mateus na calçada em frente ao estabelecimento. Sem máscara, por diversas vezes ele xinga funcionários do mercado e em certo momento diz que é nórdico - referindo-se à região da Europa dominada por pessoas brancas.
Além disso, ele aponta para a própria pele fazendo menção a ser branco e o funcionário, negro.
Diego Brasa, filho dos proprietários do mercado, estava no estabelecimento no momento em que os xingamentos foram feitos. Ele relata que o homem havia ido até o local pela manhã e se irritado com os funcionários depois de ser impedido de entrar no estabelecimento sem máscara.
"Por estar sem a proteção, o funcionário não deixou que ele entrasse no mercado, nisso ele já ficou bem irritado e fez alguns xingamentos. Depois colocou uma camiseta cobrindo o nariz e a boca, entrou, fez a compra dele e foi embora. Nesse momento ele já estava bastante exaltado", relata.
Horas depois, por volta das 13h, o contabilista teria voltado ao local ainda mais exaltado e feito as ofensas. "Ele dizia que atendíamos muitos clientes negros e que nós roubávamos os clientes. Além de fazer menção a questão de ele ser branco. Ele estava muito descontrolado e ficou cerca de 30 minutos em frente ao mercado nos xingando", acrescenta Diego.
Após o episódio, Mateus teria ido para seu apartamento, onde mora sozinho. O imóvel é próximo ao mercado. Entregadores que presenciaram as agressões verbais teriam ido até o local e ameaçado o contabilista.
A Guarda Civil Municipal e o Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência) foram chamados. Após quase três horas, Mateus, ainda exaltado, aceitou passar por atendimento médico e foi encaminhado pela GCM para o Hospital de Clínicas da Unicamp. De acordo com a GCM, o pai do contabilista foi chamado e acompanhou o filho até a unidade de saúde.
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