Advogado de Prior, Rafael Pugliese Ribeiro foi procurado por Universa por telefone, em seu escritório, e por e-mail. Até o momento, não respondeu às perguntas da reportagem. Assim que a defesa se manifestar, este texto será atualizado. No começo de 2021, o UOL entrevistou o ex-BBB, que comentou o caso para o documentário "BBB: Casos de Polícia".
Ainda no documento, a juíza diz que não há dúvida de que houve crime citando o prontuário médico da vítima, que atesta laceração na região genital, prints de mensagens entre Themis e o réu, depoimentos dela, de Prior e de testemunhas de defesa e de acusação.
'Alívio após três anos e meio de luta'
Uma das advogadas da vítima, Maira Pinheiro diz receber a sentença "com muito alívio após três anos e meio de muita luta".
"Nossa cliente foi achacada, nós, advogadas, fomos muito atacadas durante esse processo, e essa condenação vem como reconhecimento de que tínhamos razão desde o início", afirma Maira.
A advogada ressalta que vai recorrer da decisão por entender que a pena imposta ao agressor foi baixa, "dada a brutalidade do crime". E também questiona o fato de ele recorrer em liberdade, já que é alvo de outras três denúncias.
A reportagem localizou uma ação penal e outros dois inquéritos policiais envolvendo Felipe Prior, os três por estupro. Se condenado nesses casos, explica Maira, a pena total pode chegar a 24 anos. A defesa do ex-BBB foi questionada sobre essas acusações, mas não houve resposta até o momento.
"Esperamos que, nas instâncias superiores, a pena seja aumentada, e o regime seja o fechado", diz Maira, Além dela, também participam da defesa de Themis a advogada Juliana Valente, com o apoio dos advogados Maurício Dieter, Caio Patricio de Almeida, João Bechara Calmon e Guilherme Perissé.
"Esperamos que essa condenação sirva como lição e alerta para as pessoas que seguem cultuando esse sujeito como uma celebridade a se questionem se querem se associar a um estuprador condenado."
Como denunciar violência contra a mulher
Mulheres que passaram ou estejam passando por situação de violência, seja física, psicológica ou sexual, podem ligar para o número 180, a Central de Atendimento à Mulher. Funciona em todo o país e no exterior, 24 horas por dia. A ligação é gratuita. O serviço recebe denúncias e faz encaminhamento para serviços de proteção e auxílio psicológico. O contato também pode ser feito pelo WhatsApp no número(61) 9610-0180.
Mulheres vítimas de estupro podem buscar os hospitais de referência em atendimento para violência sexual, para tomar medicação de prevenção de ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente.
Se houver intuito de denunciar, a orientação é buscar uma delegacia especializada em atendimento a mulheres. Caso não haja essa possibilidade, os registros podem ser feitos em delegacias comuns.
Fonte:Poder 360
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