As investigações, iniciadas ano passado, constataram que a prefeitura gastou mais de R$ 20 milhões em combustíveis, em 2021 e 2022. Isso é o dobro do gasto em Altamira, município vizinho que tem população sete vezes superior e área 50 vezes maior.
A análise de procedimentos licitatórios vinculados ao município constatou irregularidades na habilitação da empresa envolvida na fraude, restrição de competitividade, superfaturamento de preços e esquema fraudulento de notas pagas pela prefeitura. O posto que venceu a licitação para fornecer combustível à prefeitura de Vitória do Xingu pertence à família do próprio prefeito. A empresa venceu o certame oferecendo o menor valor, mas duas semanas depois, aumentou o preço do litro a ser vendido à prefeitura.
Além disso, o valor contratado pela prefeitura junto à empresa daria para abastecer três vezes todos os veículos do município, incluindo os carros particulares. Daí o nome de Operação Opala, em referência ao veículo, conhecido por ter consumo de combustível bem acima da média.
O cumprimento dos mandados judiciais busca cessar a suposta prática delitiva, identificar o destino dos valores, recuperar o patrimônio lapidado e responsabilizar criminalmente os autores. Em caso de condenação pela Justiça, a pena pode chegar a 19 anos de prisão, além da responsabilidade administrativa, perda da função pública e ressarcimento do dano causado.
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