Menos de 70 dias separam o eleitor das urnas, mas a grande maioria dos partidos vem empurrando as convenções (que definirão os candidatos) para a data limite: 5 de agosto. Parece que ninguém tem pressa ou teme o crescente antagonismo politico que pode conduzir a rupturas não desejadas, mas previsíveis.
O que muitos se perguntam é se teremos eleições. Não seria uma pergunta coerente se os ânimos não estivessem tão exaltados e se os ataques à democracia não fossem cada vez mais frequentes.
Mas pela primeira vez o eleitor não parece interessado em eleição, especialmente no Amazonas.
Nem mesmo os candidatos ao governo conseguiram montar chapas, definir vices, contornar interesses dos partidos que compõem as alianças. É o caso do governador Wilson Lima, candidato à reeleição, dividido entre o poder do presidente Bolsonaro e de seus interlocutores e o prefeito David Almeida.
A indicação do candidato a vice está no centro dessa disputa que fatalmente rachará o grupo do governador.
Já o senador Eduardo Braga, que conta com o apoio do presidente Lula, ainda não se comporta como eventual candidato. Não esquentou os motores. Nem parece o homem determinado de outras eleições. O que o segura, não se sabe.
Quem surfa praticamente sozinho é o ex-governador Amazonino Mendes, que acelera mesmo antes das convenções e parece a uma volta de distância dos seus dois eventuais adversários.
As chances de romper a linha de chegada e vencer a corrida é tão real que falar apenas em prognóstico é não perceber as falhas dos motores dos dois pilotos que vêm atrás.
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