O Ministério Público do Estado do Acre pediu à Vara de Execuções Penais (VEP) da Comarca de Rio Branco que o goleiro Bruno Fernandes passe a usar tornozeleira eletrônica.
Condenado pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza Samudio, além do sequestro e cárcere privado do filho que teve com a modelo, Bruno obteve a progressão de pena e está em regime semiaberto desde julho de 2019.
O promotor Tales Fonseca Tranin solicitou que, além de ser monitorado eletronicamente, o goleiro apresente a carta de emprego ao Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), exigência imposta a todos que cumprem pena neste regime.
Bruno foi apresentado no último sábado pelo Rio Branco Futebol Clube e já deve treinar com o elenco na quinta-feira, 6. O contrato é de seis meses e prevê a disputa da série D do Brasileirão, da Copa Verde e do Campeonato Acreano.
No Acre, detentos que fazem uso da tornozeleira eletrônica são proibidos de jogar bola para não danificar o aparelho. No caso de Bruno, o MP-AC defende que o clube pague por possíveis danos ao equipamento. "Como ele veio para jogar futebol e este é o trabalho dele, pedi que o empregador arque com as consequências dos danos para não onerar o Estado", disse Tranin.
O promotor ressaltou que Bruno deverá seguir outras regras, como se recolher após às 18 horas durante a semana e não sair aos domingos e feriados nacionais. Se os jogos acontecerem domingo ou à noite, ele precisa pedir autorização para ir.
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