Após ser intimado pela Polícia Federal (PF) para depor em investigação
sobre “organização criminosa” que atuou em suposta tentativa de golpe de
Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) informou ao Supremo
Tribunal Federal (STF) que “opta por não prestar depoimento”. Por meio
de seus advogados, Bolsonaro disse ter intenção de colaborar com as
investigações, mas que só conversará com a PF quando tiver acesso
integral à todas as mídias dos aparelhos celulares apreendidos em
operações contra ele.
A defesa alega que ainda não teve acesso a mídias com conversas, textos e
elementos da investigação que, “se disponibilizados em sua
integralidade, poderiam, inclusive, contribuir de maneira significativa
para a comprovação da inocência do peticionário (Bolsonaro) e o
esclarecimento da verdade real, um princípio essencial em uma sociedade
justa e democrática, fundamentada nos pilares do Estado de Direito”,
alegaram os advogados.
Assim, “em decorrência da falta de acesso a todos os elementos de prova, o peticionário opta, por enquanto, pelo uso do silêncio, não abdicando de prestar as devidas declarações assim que tiver conhecimento integral dos elementos”, completaram os representantes legais do ex-presidente.
A PF intimou Bolsonaro para depor nesta quinta-feira (22/2), às 14h30, no âmbito da Operação Tempus Veritatis. Bolsonaro argumentou a intimação no âmbito do Inquérito das Milícias Digitais com petição adicionada nesta segunda-feira (19/2).
Metrópoles
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