sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

Começou: BNDES vai financiar R$ 3,6 bilhões do gasoduto Néstor Kirchner, diz Argentina

 

A Argentina teria acertado um empréstimo de US$ 689 milhões (cerca de R$ 3,66 bilhões ao câmbio de desta quinta-feira, 15) com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como parte de um financiamento para a construção do segundo trecho do gasoduto Néstor Kirchner.

A obra faz parte de um projeto-chave para o desenvolvimento da extração de gás e óleo de xisto na região da formação geológica conhecida pelo nome de Vaca Muerta, que contém uma das maiores reservas do mundo.

A secretária de Energia da Argentina, Flavia Royón, disse em um almoço do Dia do Petróleo e Gás de 2022 na última segunda-feira (12): “quanto ao segundo trecho do oleoduto Néstor Kirchner, conseguimos um financiamento de US$ 689 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e US$ 540 milhões do Banco de Desenvolvimento da Argentina (CAF)”.

A Bloomberg Línea entrou em contato com o BNDES para comentar a declaração da secretária de Energia. E o banco respondeu que houve apenas uma consulta, sem qualquer aprovação do empréstimo. 

“O governo argentino, por meio de sua embaixada em Brasília, e empresas brasileiras entraram em contato com o BNDES e com o Ministério da Economia em consulta sobre eventual financiamento à exportação de bens brasileiros. Não há pedido formal de financiamento protocolado no BNDES.”

O governo de Alberto Fernández planeja concluir a construção do primeiro trecho do gasoduto, que ligará as províncias de Neuquén e Buenos Aires, até junho de 2023. Esse trabalho já vai economizar US$ 2,2 bilhões em importações de energia e subsídios, disse Royón.

Rota do Gasoduto Néstor Kirchner
Rota do Gasoduto Néstor Kirchner

Mas a segunda etapa do projeto, que transportará gás natural para San Jerónimo, na província de Santa Fé (cerca de 600 km), acrescentará mais 17 milhões de metros cúbicos por dia ao abastecimento nacional, o que permitirá a substituição das importações de gás da Bolívia e, por fim, a exportação deste recurso para o Brasil e o Chile.

“Este projeto será fundamental para alcançar a autossuficiência energética, aumentando as exportações regionais e desenvolvendo projetos de GNL”, disse ela, observando que “os cálculos mais conservadores permitem projetar uma economia de US$ 20 milhões por dia”.

Segundo a agência estadual Télam, o segundo trecho terá um gasoduto de 36 polegadas.

Bloomberg Línea

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