Na madrugada desta quinta-feira, 24, o Exército russo confirmou o início dos bombardeios no território da Ucrânia, aleganmdo inicialmente que os ataques têm apenas como alvo bases aéreas ucranianas e outras áreas militares, não zonas povoadas. Pr´pximo das 2h da manhã no horário do Brasil, o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros afirmou que a Rússia iniciou a operação em larga escala e o ataque teria sido feito pelas fronteiras com Rússia, Bielorrússia e Crimeia. Em comunicado citado pela agência de notícias estatal russa, o Ministério russo da Defesa disse que está usando "armas de alta precisão" para inutilizar a "infraestrutura militar, instalações de defesa aérea, aeródromos militares e aviação das Forças Armadas da Ucrânia". O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que "A Rússia lançou ataques contra nossa infraestrutura militar e postos fronteiriços" e impôs a lei marcial em todo o território, assim como pediu aos ucranianos que evitem "pânico" e confiem na capacidade do Exército para defender o país.
No entanto, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kouleba, acusou a Rússia de ter iniciado "invasão em larga escala" e afirmou que "Cidades pacíficas da Ucrânia estão sendo atacadas. Esta é uma guerra de agressão. A Ucrânia vai se defender e vencer. O mundo pode e deve parar Putin. É hora de agir agora", escreveu Kouleba na rede social Twitter.
Até o momento, foram registradas fortes explosões em pelo menos cinco cidades da Ucrânia, incluindo a capital, Kiev, horas depois de o presidente russo, Vladimir Putin, ter anunciado o início de operação militar no país. De acordo com jornalistas que vivem no país, pelo menos duas explosões foram ouvidas, de madrugada (horário local), no centro de Kiev, tendo sido seguidas por sirenes de ambulâncias.
Na cidade de Kramatorsk, quartel-general do Exército ucraniano, área mais perto da fronteira, pelo menos quatro explosões foram ouvidas. Além disso, por volta das 6h da manhã no horário do Brasil, o ministério ucraniano das Infraestruturas anunciou o fechamento do espaço aéreo para a aviação civil justificando que há um "elevado risco para a segurança" do setor. Até o momento, o governo local conforma pelo menos 40 mortes resultantes dos ataques.
Segundo agências noticiosas russas, foram cancelados todos os voos com destino ou partida dos aeroportos de Rostov-sur-le-Don, Krasnodar, Sotchi e Anapa, todos situados no Sul da Rússia, próximo à fronteira com a Ucrânia ou ao Mar Negro.
Com informações da Agência Brasil