sábado, 3 de julho de 2021

POLICIA FEDERAL INDICIA RENAN CALHEIROS POR CORRUPÇÃO E LAVAGEM DE DINHEIRO

 


A Polícia Federal indiciou oficialmente o senador Renan Calheiros (MDB-AL) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. As investigações apontam que o senador e atual relator da CPI da Pandemia, pediu e recebeu o equivalente a R$ 1 milhão em propina da Odebrecht em 2012.

Segundo os investigadores, o pagamento foi feito em troca de o senador atuar pela aprovação de uma resolução que restringia incentivos fiscais a produtos importados que vinham sendo concedidos pelos Estados brasileiros com o objetivo de beneficiar a empresa Braskem.

Em nota, a defesa do senador disse estar confiante de que a investigação será arquivada, pois acredita que as apurações estão baseadas apenas em "depoimentos de delatores" diz.

No relatório, o delegado escreveu que “Ao final de complexa investigação criminal, verificou-se a existência de elementos probatórios concretos de autoria e materialidade para se atestar a presença de indícios suficientes de que o Senador da República José Renan Vasconcelos Calheiros, no exercício de mandatos sucessivos de Senador da República desde 1995, juntamente com outras pessoas, cometeu o delito de corrupção passiva ao solicitar e receber pagamentos indevidos no montante de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), no dia 31.05.2012, ano em que não foi candidato nas eleições, no contexto da aprovação do Projeto de Resolução do Senado nº 72/2010, convertido na Resolução do Senado Federal nº 13/2012”.

O inquérito foi aberto em 2007 pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e com base na delação premiada de ex-executivos do grupo Odebrecht.

Próximo passo

O relatório de 110 páginas enviado na última quinta-feira, 1, ao STF deve ser avaliado por Edaon Fachin, responsável pelo inquérito na Corte, que deve enviar o caso para a PGR analisar o relatório e decidir se denuncia o senador ou se arquiva a investigação.

 

Com informações da CNN Brasil

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