Os alvos fazem parte de quadrilha de traficantes de cocaína comandados por foragido da Justiça que vivia em mansão na cidade de Santa Cruz de La Sierra, no país vizinho. Ao todo, serão cumpridos 110 mandados, sendo 38 de prisão e 72 de busca e apreensão em nove estados.
Além do Mato Grosso do Sul, equipes estão nas ruas do Mato Grosso, no Tocantins, Amazonas, Maranhão, Pará, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo. A PF do Mato Grosso, que comanda a operação, não informou ainda se já foram efetuadas prisões na Capital ou em Corumbá.
Para a Operação Grão Branco, a Justiça Federal determinou ainda a apreensão de 10 aeronaves e o sequestro dos bens de 103 pessoas físicas e empresas investigadas.
Mais detalhes - A organização criminosa foi parar na mira da PF após apreensão, em janeiro de 2019, de carga de 495 kg de cocaína, em Nova Lacerda (MT). Durante as investigações, outros 10 flagrantes – com apreensão de aproximadamente 4 toneladas de cocaína, aeronaves e veículos utilizados no transporte da droga – foram feitos, um destes, em Ivinhema, cidade a 282 km de Campo Grande, no sul de Mato Grosso do Sul.
Na ocasião, em agosto do ano passado, força-tarefa apreendeu, avião que fugiu de intercepção da FAB (Força Aérea Brasileira) em Três Lagoas. O bimotor foi capturado com meia tonelada de cocaína.
Vinte pessoas já foram presas de 2019 para cá. O líder do bando, segundo a PF, já condenado por tráfico internacional de drogas, encontrava-se foragido da justiça brasileira e controlava toda a logística do transporte da droga a partir de uma mansão em um condomínio de luxo em Santa Cruz de La Sierra. Ele era responsável por organizar a saída da cocaína do país vizinhos por meio de aeronaves, o recebimento dela em pistas clandestinas, o carregamento em carretas e a entrega em grandes centros do Brasil.
Ainda conforme a Polícia Federal, no ano passado, por meio da cooperação internacional com a Polícia Boliviana, o líder do esquema foi expulso da Bolívia e preso no Brasil. Seus familiares e outros integrantes da organização criminosa, contudo, continuaram com o esquema.
Nesta quinta-feira, a PF conta com a ajuda da Força Aérea Brasileira, Gefron (Grupo Especial de Fronteira) do Mato Grosso, PRF (Polícia Rodoviária Federal), além das polícias Civil e Militar do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Grão Branco, nome da operação, faz referência ao transporte de grãos (soja, milho) do Mato Grosso para São Paulo, uma das maneiras usadas pela quadrilha para esconder as cargas de cocaína.
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