quinta-feira, 10 de setembro de 2020

MAURO BARROZO FICA EM SILÊNCIO DURANTE AUDIÊNCIA, E JUSTIÇA DÁ PRAZO PARA ALEGAÇÕES DO MP E DEFESA

 Durante a audiência de instrução e julgamento do caso conhecido como "Chacina de Paca", em Belterra, o assassino confesso de três vítimas do crime permaneceu em silêncio. A audiência ocorreu em Santarém, no oeste do Pará, na quarta-feira (9) de forma remota, com participação de testemunhas e Mauro Barrozo.


O réu não saiu do presídio para a audiência, ele participou em uma sala dentro do Centro de Recuperação Agrícola Sílvio Hall de Moura. Durante a audiência ele permaneceu em silêncio, exercendo o direito constitucional.

Além de Mauro, participaram da audiência um promotor de Justiça e cinco testemunhas, entre elas o sobrevivente da chacina. Todo o procedimento judicial foi filmado e gravado em áudio.

Após ouvir as partes, o juiz titular da 3ª Vara Criminal de Santarém, Gabriel Veloso abriu o prazo de cinco dias para as alegações finais do Ministério Público e da defesa para assim então decidir se o caso será levado a Júri Popular, que deve iniciar no mês de novembro deste ano.

Prisão mantida

O juiz Gabriel Veloso manteve a prisão cautelar de Mauro Barrozo. De acordo com a decisão, Mauro continuará preso devido a gravidade do crime que cometeu, a periculosidade que representa à ordem pública e também para não colocar em risco o sistema prisional, caso fosse concedida a liberdade provisória e depois revogada, tendo o preso ter que voltar ao cárcere em meio a pandemia da Covid-19.

O magistrado destacou ainda que desde a decretação da prisão cautelar, em 2019, não surgiu nenhum fato fato novo capaz de modificar o entendimento da Justiça.

A chacina

Mauro Barrozo está preso desde o dia 6 de junho. Ele foi capturado pelas polícias Civil e Militar, após 11 dias de buscas nas matas do município de Belterra. Mauro matou a tiros de espingarda: Pedro Boschetto, 63 anos, Raimundo Silva de Paula, 43 anos, e Douglas Boschetto de Paula, 12 anos, na comunidade Paca. Um filho de Mauro também foi encontrado morto, mas teria sido vítima de um tiro acidental dado pelo irmão.

O assassino confesso foi preso após descer de um ônibus na BR-163, à altura do bairro Matinha, zona urbana de Santarém. Ele estava acompanhado pela mãe e por seu filho Daniel. Os três caminhavam às margens da rodovia quando foram localizados por uma viatura do Grupamento Tático Operacional (GTO), depois de o motorista do ônibus avisar a polícia que ele havia pego a condução no quilômetro 72 e descido no bairro Matinha.

Fonte G1 Santarém 

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