A condução do processo de impeachment era, até quarta-feira, amplamente favorável ao governador do Amazonas, Wilson Lima. Mas a pressa em constituir a comissão especial que analisará a admissibilidade do impedimento resultou em um estrondoso fracasso. Não havia quórum para a escolha e a estrutura governista montada às pressas na quinta-feira, desabou.
Nesta terça, o plenário reúne para definir os novos membros da comissão e dar prosseguimento a análise do parecer da Procuradoria Geral da Aleam, pró-impeachment.
Será uma semana difícil para o governo, com um componente inesperado: manifestações de rua pelo impeachment, como a programada para este domingo, na Avenida das Torres.
O termômetro está fincado na avenida e deve subir ou descer dependendo do número de manifestantes.
Uma coisa, entretanto, está clara: Wilson Lima perdeu a capacidade de governar, e , do ponto de vista politico, tornou-se altamente contaminante depois que foi alvo da “Operação Sangria”, da Polícia Federal, que investiga a compra superfaturada de respiradores - o que deve diminuir o apoio de parlamentares a sua permanência no governo.
Com duas eleições pela frente - uma municipal agora este ano e outra em 2022, os parlamentares, que influenciam os pleitos em seus municípios, querem menos peso nas costas, menos escândalos, mais envolvimento com um eleitorado já desiludido com a política e desconfiado de que, para agir como agiu, Wilson Lima no mínimo contou com o apoio, omissão ou a conivência de agentes políticos com base na Casa Legislativa
Outra estrategia usada pela equipe de marketing do governador foi usa a foto do presidente Bolsonaro ao lado Wilson Lima e estão fazendo disparos em redes sociais, pra ver se cola e pra ver se chega até os olhos do presidente, que já anunciou quem esteve na sua mira, vai ser abatido sem dô nem piedade.
Fonte: Blog Pinga Fogo Tabloide
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