quinta-feira, 11 de junho de 2020

EX-PRESIDENTE DA ALEPA, MÁRCIO MIRANDA CRÍTCA ESCÂNDALO DE CORRUPÇÃO EM COMPRAS DE RESPIRADORES NO ESTADO DO PARÁ E PEDE JUSTIÇA


A compra dos respiradores defeituosos e milionários do Governo do Estado é alvo de investigação da Polícia Federal que, na manhã da última quarta-feira, 10, cumpriu mandados de busca e apreensão durante operação “Para Bellum”, que apura fraudes na compra dos aparelhos. O ex-deputado Márcio Miranda (DEM), criticou o escândalo em suas redes sociais.

"Famílias perdem filhos, mães, pais, enquanto o dinheiro que deveria ser empregado para salvá-los é guardado num cooler, escondido por pessoas que tem a missão de amenizar a dor e o sofrimento alastrados no Estado pela pandemia. É deprimente ver que a missão de salvar vidas se transformou numa negociata sobre quais valores serão adulterados, ou melhor dizendo, surrupiados. Cada um de nós tem uma história triste pra contar, por experiência própria ou a de alguém. O COVID-19 nos distanciou, porém aproximou-nos no sofrimento, na dor. E essa dor fica ainda mais latente quando vemos que o "cooler de dinheiro" poderia ser um respirador, um remédio, um leito, uma ambulância equipada... fazendo a diferença na VIDA de alguém. O "cooler de dinheiro" roubou a SAUDE das pessoas, enquanto estas se desesperavam com a receita na mão e sem um remédio sequer, acuadas por não terem o mínimo para lutar por si ou pelos seus. É vergonhoso, constrangedor, perverso! Muitos profissionais de saúde honraram seu juramento, expuseram suas vidas em benefício do outro, muitos morreram, outros adoeceram, todos se privaram do amor e convívio de suas famílias. Mereciam apoio, mereciam a mão honesta e a contribuição desinteressada nessa missão árdua que continua sendo difícil. Em vez disso: olhos fechados, ouvidos tapados e "cooler de dinheiro" cheio. Lamentável! Além da saúde das pessoas, do isolamento imposto, o "cooler de dinheiro" também roubou o EMPREGO, a RENDA e a DIGNIDADE de muitos. É inconcebível pensar que o ser humano é capaz de agir assim, substituindo o servir, a solidariedade, a responsabilidade pela ganância desenfreada. Hoje, roubar virou sinônimo de MATAR. Maldita ganância! A justiça se faz necessária e urgente! QUE A VERDADE E A VIDA PREVALEÇAM!"
Para Bellum

A Polícia Federal (PF) bateu cedo na porta do Palácio do Governo do Pará na manhã desta quarta-feira, 10. A PF cumpriu mandado de busca e apreensão na Operação “Para Bellum”, que apura fraudes na compra de respiradores pulmonares pelo governador Helder Barbalho, com valor de R$ 50,4 milhões de reais por equipamentos imprestáveis, adquiridos com dispensa de licitação amparada pelo período de calamidade pública do novo coronavírus.

Do total da compra pelo Governo do Pará, metade do pagamento foi feito à empresa vendedora do equipamento de forma antecipada, sendo que os respiradores sofreram grande atraso na entrega, além de serem diferentes do modelo comprado e inutilizáveis no tratamento da Covid-19, razão pela qual foram devolvidos, deixando parte da população paraense desassistida do adequado tratamento durante a pandemia.

Além do Palácio do Governo, em Belém, as buscas da PF foram realizadas nas residências dos investigados, em empresas e, também, nas secretarias de Estado de Saúde, Fazenda e Casa Civil do Estado do Pará. A operação teve a participação de 130 Policiais Federais e contou com o apoio da Controladoria Geral da União e da Receita Federal do Brasil.

Um total de 23 mandados de busca e apreensão e um de busca pessoal foram cumpridos no Pará e também nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Espírito Santo e Distrito Federal em cumprimento à determinação do Ministro do Superior Tribunal de Justiça Francisco Falcão.

Durante a investigação foram encontrados indícios que o negócio ocorreu de forma fraudulenta. As informações obtidas pela PF corroboram para existência de uma associação criminosa que, durante da pandemia da Covid-19, encontrou oportunidade para obter indevidamente vultosos valores com a venda de material e equipamento médico/hospitalar para entes públicos.


Por Roma News 

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