terça-feira, 10 de dezembro de 2019

MP aponta fraudes em licitações e desvio de R$ 17 milhões em gestão de ex-prefeito de Tucuruí

O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do Ministério Público do Pará, deflagrou nas primeiras horas da manhã desta terça-feira, 10, uma operação de busca e apreensão em empresas e secretarias da prefeitura de Tucuruí, em uma ação que investiga fraudes em licitações ocorridas nos anos de 2015, 2016, e 2017, nas gestões de Sancler Ferreira e do prefeito assassinado Jones William. O MP também investiga a denúncia de que médicos lotados na secretaria de saúde estariam recebendo salários em duplicidade.Segundo apurou a reportagem, o Ministério Público recebeu denúncia de que fraudes em licitações deixaram prejuízos de mais de R$ 17 milhões aos cofres públicos, na gestão do ex-prefeito Jones William, executado a tiros em julho de 2017, quando fiscalizava obras no centro de Tucuruí. Meses antes de ser assassinado, o prefeito Jones William e o empresário Alexandre Siqueira, tiveram os bens bloqueados pela justiça acusados de fraudar licitações e lesar em milhões o erário municipal.Os mandados de busca e apreensão foram assinados pela juíza Célia Gadoti, que responde pela vara criminal da comarca de Tucuruí. Foram cumpridos mandados na Secretaria de Administração e Finanças, no Departamento de Recursos Humanos, no Departamento de Licitações e Secretaria de Saúde de Tucuruí, além de sedes de empresas e em casa de empresários acusados de participação nas fraudes.Em nota, a Prefeitura Municipal de Tucuruí informou que “a ação deflagrada pelo GAECO investiga contratos com empresas médicas firmados em gestões passadas, nos anos de 2015, 2016 e 2017. A atual gestão esclarece que já tinha identificado algumas incoerências nesses contratos, tanto que realiza, neste momento, nova licitação para contratação de profissionais médicos, e reforça que a atual gestão colaborou e colabora com todas as instâncias da justiça, no sentido de esclarecer quaisquer dúvidas do poder judiciário, mantendo-se a disposição para qualquer diligência”.

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