Fantástico viaja até a Bacia do Rio Tapajós e denuncia operação ilegal de garimpeiros e empresas
Um esquema criminoso na Amazônia, posto em prática por garimpeiros ilegais e empresas autorizadas a atuarem no mercado de metais preciosos, vem movimentando milhões de reais. De acordo com reportagem do Fantástico, da TV Globo, as pedras são extraídas de forma ilegal da Bacia do Rio Tapajós, no Pará, e no último ano foram responsáveis por movimentar 20 toneladas pelas contas da Agência Nacional da Mineração (ANM) , com valor equivalente a R$ 3 bilhões.Segundo a reportagem, funcionários de instituições financeiras, autorizadas a negociar o minério, passaram a comprar ouro sem o documento que comprova a origem legal do minério. Neste etapa do processo que o Ministério Público e a Polícia Federal descobriram a fraude milionária.Ainda de acordo com o Fantástico, na Bacía do Rio Tapajós existem 850 garimpos legais e cerca 2 mil ilegais, mais que o dobro. Por satélite a Polícia Federal monitora as marcas deixadas pela atividade garimpeira ilegal. A economia do município de Itaituba, por exemplo, é baseada em pagamentos com ouro. Até pagamentos corriqueiros, para uma cozinheira, por exemplo, são feitos com ouro.No ano passado, a extração legalizada de outro no país atingiu a marca de 70 toneladas. No entanto, o mercado clandestino movimenta outras 20 toneladas pelas contas da Agência Nacional da Mineração (ANM). Ou seja, mais de R$ 3 bilhões que não são declarados, e que vão direto para o bolso de quem explora ilegalmente a Amazônia.De acordo com a reportagem, 30% dos garimpos não declaram o relatório anual de lavras.- A multa mais alta, não só para garimpo, como também para uma grande mineração, como os desastres de Brumadinho e Mariana, é de R$ 3.500 - diz Eduardo Leão, diretor da Agência Nacional de Mineração.Governo federal vai propor que garimpos sejam legalizados no PAA reportagem do jornal O Globo informa: "questionado pela imprensa sobre detalhes do tema, Bolsonaro afirmou que o projeto "vai casar a exploração com a questão ambiental. 'Eu não vou legalizar. Vamos entrar com um projeto para legalizar. O governo vai entrar. O garimpeiro é um cidadão, merece respeito, consideração, e obviamente a gente vai casar a exploração com a questão ambiental e botar um ponto final no mercúrio'."A matéria ainda destaca que "o garimpo de ouro libera mercúrio para o meio ambiente, por isso a autorização de áreas para exploração necessita de detalhados estudos ambientais. Uma audiência pública realizada na Câmara dos Deputados em abril debateu problemas na região do rio Tapajós decorrente da exploração ilegal de ouro."
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